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João Ferrão

24/10/2019 18:50

Euronext impulsiona novas oportunidades para startups

Esta agilização e aposta da Euronext tornar-se-á um importante acelerador para uma das metas mais decisivas para a nBanks no futuro.

A Euronext, empresa que gere a bolsa de Lisboa, tem como prioridade estratégica para os próximos três anos, apostar nas startups, facilitando-lhes a entrada na bolsa de valores. Para tal irá estabelecer parcerias com empresas de private equity e capital de risco.

Esta agilização e aposta da Euronext tornar-se-á um importante acelerador para uma das metas mais decisivas para a nBanks: dar mais um passo em frente no futuro, através da uma operação de OPI (Oferta Pública Inicial) dentro dos trâmites legais e obrigatórios.

A comunicação da Euronext, de acordo com o jornal Eco, refere assim 3 importantes medidas a implementar no futuro:

- criar, ainda este ano, um novo segmento de dívida verde (Green Bonds);
- definir uma nova amplitude de serviços pós-negociação (Post-Trade).

1. As parcerias com empresas de private equity e capital de risco

Estas parcerias têm por objetivo utilizar um modelo de cooperação que permita que mais startups possam seguir o caminho do mercado de capitais. Neste seguimento, assim que os investidores privados quiserem sair do capital das startups, surge agora a opção de abrir o capital em bolsa. Uma das medidas desta parceria direcionada para as startups, terá por base a partilha de informação sobre a leitura de mercado para cada empresa e mercado.

Está prevista a criação de uma área entre mercados públicos e privados (à semelhança da bolsa da Norueguesa, que prevê uma realidade de mercado para empresas não cotadas) onde vão ser exploradas soluções não obrigadas aos mercados regulados, criando assim opções para empresas e investidores se encontrarem de forma simples e com custos mais reduzidos.

2. O novo segmento Green Bonds

Ao aliar as Startups ao foco da Euronext para o mercado acionista, a prioridade na dívida passa agora a ser a sustentabilidade. Este novo segmento permite facilitar a emissão de green bonds, que consistem em ativos com critérios específicos para o financiamento de projetos sustentáveis, sendo também acompanhado de um programa de formação distintivo e de um guia para registo de informação não financeira.

Em Portugal existem apenas quatro emissores de green bonds: A EDP em grande escala, o Grupo Pestana e a Sociedade Bioelétrica do Mondego. No entanto está previsto um aumento de emissões futuras, fruto das crescentes exigências do mercado.

A pensar nos investidores, e na prospetada alta adesão a este modelo, a Euronext prevê a criação de novos índices de sustentabilidade para dar resposta ao aumento do investimento passivo.

3. O desenvolvimento de serviços pós-negociação (Post-Trade)

Outro foco estratégico é a criação de uma infraestrutura abrangente a todos os países Europeus com a ambição de se tornar líder de mercado. Diferenciando-se pelos novos serviços que pretende oferecer, a Euronext deixa então de ser uma simples gestora de bolsas ao começar a implementar o Post-trade com serviços de liquidação, custódia de títulos e clearing.

Ao expandir o seu modelo de negócio, a Euronext continua a diversificar o seu serviço para cotadas, investidores e membros do mercado através de novas aquisições.

Desta forma, a estratégia adotada de estabelecimento de parcerias e aquisições, efetuada com a obtenção de outras bolsas, fortalece o crescimento da base de serviços para estruturas complementares e empresas.

Mateus Ferreira, L. (2019). "Euronext vai aliar-se a capital de risco para captar startups para a bolsa." Eco, [online] pp.https://eco.sapo.pt/2019/10/14/euronext-vai-aliar-se-a-capital-de-risco-para-captar-startups-para-a-bolsa/. Disponível em: https://eco.sapo.pt/ [Consultado a 19 Out. 2019].


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